SÁBADO. Descanso. Chuva. Festa. Abraços, abracinhos e abrações. DOMINGO. Mutirão e anarquia. Rango coletivo de casa
cheia. Logo vazia. SEGUNDA-NADA. Catando caracóis na horta e lesmas no
banheiro. Reunião aleatória. O coletivo às vezes é muito mais eficiente do que a própria polícia para desmoralizar qualquer um. TERÇA-CAMA. Pregadona. Martelo batendo
na cabeça. E a gente sem ferramentas na ocupa. Levantei ao som dos
tambores: cinco da tarde. Crianças curtindo a oficina. Voltei
a sonhar. QUARTA-VIDA. É dia de feira. Sete horas orgânicas,
tocando, conversando, rindo, revendo, recebendo, renascendo.
QUINTA-CAÑA. Sutil tarefa de provar a cachaça às 11hrs da manhã. E
ainda trocando ideias. Boca de Rua: nova edição. Agora sim. Posso dizer
que não lembro ter sido recebida com tanta alegria e amor em nenhuma grupo na minha vida. De volta pra ocupa: reuniões, fogueira, caipora, violão (na desordem). SEXTA-CHUVA. Esticando lonas a manhã toda. Encontros e
desencontros. A cabeça estourando com tantas informações do tipo que
não-se-pode-falar-para-ninguém (assim pelo menos me avisaram aqueles que me contaram). Bateu a saudade. SÁBADO. Cedinho no trampo. Dessa vez, eu vi
o cara colocar a nota de 50 no chapéu. Não acreditei mas eu vi. Fim da
tarde com a criançada brincando no galpão. Arrasadora, em todos os
sentidos. DOMINGO. Passou da meia-noite e aqui tô eu. De plantão numa
ocupação de 2000m². Até que estaria tudo bem se não fosse o mal contato
dessa luz piscando em cima da minha cabeça. E a carteira de cigarro
quase acabando. Pois é... Olha só o tamanho das dúvidas...
....
Mas que porrada de semana foi essa?!
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
Eles não sabem

É que eles não sabem
Não sabem quem somos
Não sabem da nossa força
O caminho das nossas ideias
O sangue das nossas veias
Eles não sabem da felicidade
Dos nossos encontros
Eles não sentem o ar que circula
Entre nós
Os nossos olhares
Palavras e silêncios
Eles não sabem
O quanto estamos vivos
O quanto estamos juntos
Afinados
Eles não entendem
Os nossos abraços, os nossos beijos, os nossos jeitos
Eles não concordam!
É que eles não sabem da liberdade
De pular e berrar e rir e gozar de verdade
É que eles não vivem, sabe?
Eles enquadram
Eles têm medo do nosso amor
Chamam ele de raiva
Mas não sabem do calor nem do frio
Não sabem da alma nem do corpo
Não sabem da paixão e nem do sopro
Eles não sabem...
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