terça-feira, 11 de julho de 2017

Rio de Janeiro


Rio de Janeiro, Zona Norte, 11 de julho de 2017

Cara... Eu queria dominar algum idioma que me permita descrever o meu cotidiano aqui no Rio. Essas tardes de "trabalho" [me perdoem as aspas] na casa onde estou morando, eu editando vídeos e amigos, na sala do lado, desenvolvendo um dos mais coerentes e sucedidos projetos sociais e culturais que eu conheci na minha vida - e para o qual eu tenho agora a honra de dar umas palinhas de fotógrafa. Gargalhadas contínuas e debates ardentes, chegando a planejar cinco ou seis revoluções mundiais por dia.
Cara... Eu fico só pensando nessas inumeráveis pessoas que para quem eu devo tanto - ou deveria, se fosse o caso de saldar a dívida. Famílias [sem aspas] que te agregam à força e fazem que, apesar de muito longe do conforto da placenta da sua mãe, você ainda consegue receber aquele carinho, aquele calor, aquele amor que te abre o único acesso possível à felicidade - porque sem isso, você não tem nada. Nada.
Cara... Não vou nem citar a galera TODA de Porto Alegre para quem ficarei devendo eternamente aquele quasetudo da vida. Muita saudade, mesmo. Mas enfim, só queria registrar que aqui no Rio, também, acabei encontrando um pessoal extra-ordinário.
Cara... Eu sigo não acreditando muito em Deus, mas tenho que admitir que ele parece gostar de mim igual. E tem mais um detalhe. Estou, pela primeira vez da minha vida, "trabalhando" [com aspas] e me "sustentando" [também] fazendo apenas música e vídeo. E ainda por cima em projetos que me dão orgulho.
Cara... sabe o que? Hoje é o aniversário da minha Mãe. É, aquela Placenta e Tanto Mais, para quem se deve TUDO mesmo, e que nunca se agradece como deveria. E aqui tô eu, no Rio de Janeiro, meio que caída de paraqueda. E sabe o que? Acho que acabei de tirar a foto mais bonita da minha vida.
É isso aí, cara... Em casa... Tomando um vinho... Estou feliz.

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